"Na defesa estratégica de Ações Afirmativas"

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Projeto Musicar - música para todos






















Organizador:Joel de Carvalho






Orientador:Mirian Sewo




O projeto social MUSICAR é parte do programa Conexões de Saberes da PROCEV/UFMT e seu objetivo geral é promover o ensino musical através do instrumento violão para crianças e adolescentes das comunidades populares e estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso.

Espera-se que o aprendizado musical instigue a curiosidade para conhecer o mundo da música, a vontade de se destacar no grupo, a aproximação dos espaços culturais e o distanciamento dos contextos de violências e drogas.


A meta do projeto para este ano é a criação de um conjunto de violões que realizará apresentações nas comunidades populares e na UFMT.


O projeto iniciado a dois meses já mostra resultados satisfatórios, pois ao oportunizar o conhecimento do mundo musical através do instrumento musical violão, promove mudanças no modo de pensar e de viver, também possibilita um novo olhar para a música e o mundo.


As aulas acontecem na sala do Conexões de Saberes todos os sábados das 8h às 12h.


Ao todo são 20 participantes de regiões diferentes, mas a maior parte dos alunos e da UFMT.


No momento o grupo está no processo de construção e aprendizado. Em breve começara a ensaiar o repertório que será apresentado no final do ano.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Combate ao racismo contra as crianças


Unicef lança campanha para combate ao racismo contra crianças
29/11/2010 - 12:57
Brasília – Trinta e um milhões de crianças negras e 150 mil indígenas que vivem hoje no Brasil são o alvo de uma campanha que será lançada hoje (29) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O objetivo é combater a discriminação racial contra a população dessa faixa etária. Os números mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as crianças negras e indígenas são mais vulneráveis em diversos aspectos. Mais de 60% da população de 7 a 14 anos que não frequenta a escola são negros. O índice de mortalidade infantil entre os indígenas é duas vezes maior do que a taxa nacional: 41 mortes para cada mil nascidos vivos contra 19/1000 no total da população. Para a especialista de Programas de Proteção à Infância do Unicef no Brasil, Helena Oliveira Silva, os números mostram que a raiz do problema da desigualdade está além da questão socioeconômica. “Apesar do avanço das políticas públicas brasileiras, alguns grupos de famílias e crianças continuam em situação de vulnerabilidade. Grupos que historicamente vinham sendo ausentes na políticas, permanecem na mesma condição”, destaca. Helena aponta que o preconceito ocupa uma dimensão “muito subjetiva” no dia a dia da criança, seja na escola ou em outros ambientes. Pela vulnerabilidade da própria idade, o preconceito causa impacto nesse público com mais força. “A criança vítima de preconceito, que é estereotipada, tem o desenvolvimento da sua identidade afetado. Isso marca a infância dela”, afirma. Apesar de tratar da população negra e indígena, Helena lembra que o alerta da campanha é para toda a sociedade. “Nossa responsabilidade como adulto é trabalhar para que a situação não se perpetue. Diante de uma situação de discriminação no cotidiano, muitos não sabem como explicar de forma adequada a questão da diversidade para uma criança, seja ela branca, negra ou indígena”, explica a representante do Unicef.Para chamar a atenção sobre o problema, além de peças publicitárias o fundo vai lançar um blog e uma cartilha com orientações para a população. O material mostra dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo.

Fonte: Agencia Brasil
Unicef lista dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo

Amanda CieglinskiRepórter da Agência BrasilBrasília -
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lança hoje (29) uma campanha para combater o racismo contra crianças negras e indígenas. Uma dos objetivos é orientar os adultos sobre como tratar o tema da diversidade com as crianças e evitar que o preconceito se perpetue.
  • Veja dez dicas listadas pelo fundo para lidar com a questão:
  1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
  2. Palavras, olhares, piadas e algumas expressões podem ser desrespeitosas com outras pessoas, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer!
  3. Não classifique o outro pela cor de pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
  4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apóie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito a crescer sem ser discriminado.
  5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa junto ao conselho tutelar, às ouvidorias dos serviços públicos, da OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
  6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
  7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.
  8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
  9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
  10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.
Edição: Graça Adjuto

Comitê de Defesa da Criança Hospitalizada


domingo, 28 de novembro de 2010

I Encontro Matogrossense para Capacitação de Lideranças Quilombolas: raça, território e educação

Realização de oficinas, mini-cursos, grupos de trabalhos e mesas redondas com o objetivo de capacitar lideranças quilombolas. A ênfase recairá sobre os temas como raça, educação e território quilombola. O evento também esta aberto aos estudantes, professores das redes de ensino da educação básica, docentes, pesquisadores e interessados pela temática.

  • Inicio: 03/12/2010 Término: 05/12/2010.
  • Local: UNEMAT campus universitario de Cáceres - MT.
  • Proponente: Núcleo de Estudos sobre Género, Raça e Alteridade.
  • Coordenador: Prof. Ms. Paulo Alberto dos Santos Vieira.
  • informações: Tel 65 3221 0051 email vieirapas@yahoo.com.br

fonte: site UNEMAT

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PET Conexões de Saberes oferece 36 bolsas para seleção de estudantes

Publicado em Notícias/ 26/11/2010

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação publicou novos editais disponibilizando 36 bolsas para o processo de seleção de estudantes para o Programa de Educação Tutorial (PET), para o ano letivo de 2011. Três grupos foram contemplados nesses editais.

Para o primeiro, “PET Conexões de Saberes - Inclusão, Diversidade e Protagonismo na UFMT”, foram oferecidas 12 bolsas e podem concorrer alunos que estejam cursando do 1° ao 4° ano de graduação, dos cursos de Pedagogia, História, Geografia, Matemática, Ciências Biológicas, Comunicação Social, Educação Física, Psicologia e Música.

O segundo grupo contemplado é o “PET Conexões de Saberes - Universidade, Saúde e Cidadania”, também com 12 vagas, distribuídas para estudantes do 1° ao 4° ano de graduação, mas para os cursos de Enfermagem, Psicologia, Serviço Social, Pedagogia e Filosofia.

O terceiro e último grupo é o “PET Conexões de Saberes - Diferentes Saberes e Fazeres na UFMT”, com 12 vagas para os universitários, do 1° ao 4° ano de graduação, dos cursos de Pedagogia, Serviço Social, Filosofia, Matemática, Química, Ciências Biológicas, Geografia, Psicologia, Letras, Educação Física e Enfermagem.

Interessados devem se inscrever na secretaria do Programa Conexões de Saberes, localizado na Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), até o dia dois de dezembro. Para tanto, no ato da inscrição devem portar a cópia dos documentos pessoais mais o comprovante de matrícula e a planilha de notas ou histórico escolar. A seleção dos bolsistas ocorrerá no dia três e o resultado sairá no mesmo dia, às 16h.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tiros em Ruanda 16/11


O filme conta como foi o genocídio em Ruanda (1994) a partir do genocídio de mais de 2.800 Tutsis na Escola Técnica Oficial, escola dirigida por um padre Christofher e o professor Joe. A escola servia de base para soldados da ONU, que estava ali somente para monitorar os conflitos étnicos existentes entre a maioria Hutus e a minoria Tutsis. Os extremistas Hutus prepararam um golpe para dar o inicio genocídio em Ruanda, mataram o presidente e incriminaram os Tutsis. A escola serviu de refúgio não só para os Tutsis mas para os 40 europeus. O padre e o professor tentaram fazer a diferença, tentaram salvar aquelas pessoas que ali estavam com ajuda da ONU e da Imprensa. Mas a ONU ajudou/salvou somente os europeus e o prof. Joe que estava com medo de morrer. Na saída dos soldados da ONU, os Tutsis fizeram um pedido inusitado, pediram que os soldados os metralhassem era mais rápido morrer pelos tiros do que pelos facões dos Hutus, não houve acordo. O padre ficou e ainda salvou algumas crianças e adolescentes antes de morrer assassinado. Uma dessas adolescente salva pelo padre no final do filme reencontra o professor Joe.

"eu não sabia desse conflito em Ruanda entre Hutus e Tutsis" Wilson

"o filme mostra que o genocídio pode ser motivado não só pelas diferenças raciais, religiosas, etc. principalmente/historicamente em toda Africa" Amerino

"a ONU poderia fazer a diferença, mas não fez"Rai

debateram o filme os conexistas: Rai, Amerino e Wilson

Rondonópolis realiza I Sepecs

O Campus da UFMT em Rondonópolis sedia, de 17 a 19 de novembro, o Seminário de Pesquisa, Extensão e Conexões de Saberes (Sepecs). O evento consiste na divulgação das ações em Pesquisa, Extensão e Conexões de Saberes, buscando a interação entre ensino, pesquisa e extensão naquele Campus.
O evento conta com a participação dos professores Adnauer Tarquínio Daltro (pró-reitor de Pesquisa da UFMT), Mario Angelo Silva (UnB), Fabrício Carvalho (pró-reitor de Vivência Acadêmcia e Social da UFMT) e da professora Claudia Mayorga (UFMG). Mais informações no Portal da Sepecs

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CineConectando 26/10/10

O filme "Invictus" foi assistido/debatido pelos/as conexistas: Suelli, Amerino, Juliane, Wilson e Rejane.

o filme: No filme Nelson Mandela sai da prisão e alguns anos depois é eleito o presidente da Africa do Sul. Uma das primeiras coisas como presidente é a não demissão dos servidores brancos ele tenta de todas as maneiras acabar com a segregação racial, acredita muito no país do arco-iris. Assistindo a televisão vê no Rugby que era simbolo da segregação racial uma oportunidade de diminuir o fosso existente entre brancos e negros.
O Rugby era o esporte exclusivamente de brancos e o futebol era dos negros. Mandela convida o capitão do time de Rugy, François para saber um pouco mais do esporte, e encentiva o capitão e o time a ganhar o campeonato mundial. O time começa a treinar em comunidades negras onde o jogador mais assediado era o único jogador negro do time. Com esse marketing consegue despertar o interesse sobre o Rugby. O time chega a final, no estadio e em Africa do Sul tem brancos e negros torcendo pelo Rugby. O grupo sente isso e consegue ganhar o campeonato mundial. Mandela buscou o exercicio do patriotismo através do esporte.
"O filme prende a atenção o tempo todo" Amerino
"Mandela exercita o perdão o tempo todo" Juliane
"a prisão virou atração turística" Rejane
"Mandela busca o patriotismo" Wilson

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Alunos com desenvantagens econômicas e permanência na universidade ....

Dinâmica da fruição
24/9/2010
Por Alex Sander Alcântara
Agência FAPESP – Alunos com desvantagens econômicas e educacionais enfrentam muitas dificuldades para entrar em universidades públicas, cujas vagas são mais disputadas e exigem uma preparação pedagógica maior.
Mas entrar é apenas o primeiro desafio. Conciliar o tempo de estudo com o trabalho e vencer a distância entre a universidade e o bairro em que moram os impedem de usufruir os espaços (biblioteca, laboratórios, exposições e eventos culturais, por exemplo) e as oportunidades oferecidas na universidade.
As conclusões são de um estudo que analisou a “fruição” de estudantes desfavorecidos economicamente que entraram na Universidade de São Paulo (USP). O trabalho, desenvolvido no Departamento de Sociologia da USP, analisou a trajetória desses estudantes – do ingresso à permanência –, como eles exploram os espaços da instituição e como se dá o processo de “socialização universitária”, entre outros aspectos.
De acordo com o autor do estudo, Wilson Mesquita de Almeida, doutorando no Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, apesar de existir muitos pontos de diferenças entre os estudantes com desvantagens econômicas, algumas similaridades podem ser observadas.
“Na fase anterior ao ingresso, percebemos que há um peso familiar na entrada desses alunos na universidade. Vimos, por exemplo, que a falta de um capital familiar de informação sobre a universidade, ou seja, a experiência de pais, irmãos, amigos com o ensino superior interfere fortemente”, disse à Agência FAPESP.
O estudo, intitulado “A vida acadêmica do estudante: o caso dos segmentos populares”, corresponde à sua pesquisa de mestrado, com Bolsa da FAPESP. A dissertação também resultou na publicação do livro USP para todos? Estudantes com desvantagens socioeconômicas e educacionais e fruição da universidade pública, que contou com o apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
Para identificar alunos de baixa renda na USP, Almeida cruzou informações fornecidas pelo Núcleo de Apoio aos Estudos de Graduação (NAEG) referentes ao ano de 2003. Ter vindo de escola pública, ter pais e mães que não cursaram ensino superior, renda familiar de até R$ 3 mil, além de estudar e trabalhar, foram os critérios estabelecidos.
“Os critérios não podiam ter a conjunção ‘ou’. Ou seja, só poderiam entrar na pesquisa alunos que preenchessem todos os itens delimitados. Também optamos por quem não fosse calouro nem veterano. O objetivo foi fazer uma análise do estudante que já possuía certa vivência do ambiente universitário”, disse.
Com base nos cruzamentos, foram selecionados 54 alunos, mas, devido às dificuldades de tempo ou por não aceitarem participar da pesquisa, compuseram os grupos de discussão 17 estudantes, com idades entre 21 e 42 anos.
“Como a proposta não era fazer uma pesquisa com base estatística, selecionei alunos de cursos menos concorridos, como letras, história, geografia, física e também de contabilidade, carreiras nas quais estudantes com esse perfil estão mais concentrados”, explicou.
Uma série de dificuldades, tanto de ordem material como cultural, aparece na vida acadêmica do estudante com esse perfil, segundo Almeida. A maior delas é a falta de tempo para a dedicação às tarefas exigidas, além da distância de suas residências à Cidade Universitária, que fica na Zona Oeste da capital paulista.
Dificuldades simbólicas
Segundo o estudo, outro aspecto que atrapalha a fruição desses alunos é o domínio de outros idiomas, principalmente inglês, espanhol e francês, para a leitura de textos, além da apresentação de seminários e elaboração de relatórios.
“Essa dificuldade cria um diferencial do ponto de vista do aproveitamento do curso e também obstáculos ligados a uma base conceitual requerida para dar conta de leituras que envolvem o contato com teorias científicas”, afirmou.
Do outro lado, os alunos também relatam serem desestimulados por alguns professores na fase de preparação para o vestibular. São recorrentes, de acordo com o trabalho, as queixas sobre professores e colegas que desestimulavam a não tentar o vestibular em uma universidade concorrida como a USP.
“Há um mito em relação à universidade pública que não corresponde à verdade. Embora exista uma desvantagem gritante em termos de preparação na disputa com alunos de escolas particulares, esses juízos servem como catalisadores para afastá-los das vagas nas universidades públicas”, disse Heloisa Helena de Souza Martins, professora do Departamento de Sociologia da FFLCH e orientadora do estudo.
Mas, no caso dos alunos que participaram do estudo, essa imagem da USP serviu como incentivo. “Eles valorizam muito o ensino na universidade pública como um lugar de criação do conhecimento e, em vez de desistir, seguiram em frente”, destacou.
Segundo Heloisa, a pesquisa de Almeida é de grande importância porque, entre outros aspectos, retoma e rediscute uma ideia há muito difundida de que na universidade pública só entram os chamados “alunos da elite”.
“Os resultados da pesquisa permitem também ampliar essa discussão a respeito das questões referentes aos programas de inclusão propostos, como as cotas raciais, e as políticas públicas de financiamento do ensino superior”, disse, ao destacar que, no doutorado, Almeida analisará o caso do ProUni, em que alunos recebem bolsas do governo para estudar em universidades privadas.
De acordo com Almeida, a universidade é um mundo à parte para o ingressante. Ter que se adaptar à linguagem e aos códigos acadêmicos, à circulação nos espaços e ao contato com colegas e professores são dificuldades que não podem ser negligenciadas.
“Discuto no estudo o papel da universidade em relação a esses alunos. A USP tem vários programas de bolsas e alguns cursos gratuitos de idiomas, que poderiam auxiliar o ingressante. O problema é que muitos alunos nem sequer sabem da existência deles. Falta uma integração dessas ações e uma maior divulgação. Quando um aluno desiste há um custo imenso para ele, e também para a universidade”, disse.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Conectando Express...nº 02

Desigualdade racial e os Indicadores Sociais

Destacamos alguns dados apresentados pela professora Suely Dulce de Castilho, em sua palestra sobre a “Desigualdade racial e os indicadores sociais” no Brasil.
Há aumento da população negra segundo dados nacionais de 1995* a 2006, ainda demonstra que o peso relativo da população branca declinou enquanto a população negra (preta+parda) evoluiu em termos relativos, na população total de 45% para 49,5% sinalizando, que poderá se tornar a maioria nos próximos anos.
Em 2006 o Estado de Mato Grosso possuía uma população negra (preta+parda) de aproximadamente 62,8% segundo os dados do IBGE.
A mortalidade Infantil teve um declínio acentuado de 1995 a 2006, e uma das possíveis razões da evolução positiva dos indicadores seriam: Investimento em medicinas preventivas e curativas; expansão do sistema de saneamento básico; Acompanhamento da gravidez, parto e puerpério. Vale salientar a especial incidência destas medidas nas religiões Norte e Nordeste. Redução nos níveis de fecundidade, mas, os níveis de mortalidade ainda não são os desejáveis.
Em relação ao ensino superior, cabe ressaltar que houve ampliação de vagas nas Instituições de Ensino Superior, mas ainda o ingresso de negros é maior nas Instituições privadas. Ressaltou, ainda, que “a melhora dos negros é a melhora da sociedade”.
*em 1995 não inclui a população das áreas rurais da região norte – exceto Tocantins.
Desigualdade racial na universidade

Segundo Pedro Reis de Oliveira, representante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CEPIR-MT) fez uma síntese do Movimento Negro em Mato Grosso, que teve seu marco em 1985, fez uma retrospectiva das leis que beneficiam a população negra de Mato Grosso, citou que em Mato Grosso saímos na frente, em 2002 foi aprovada a lei 7.775, similar a lei 10.639/03. Quando se trata do Movimento Negro, Mato Grosso é um dos expoentes na luta pela igualdade racial.
A população negra não tem sido alvo das políticas públicas, precisamos ter acesso às políticas públicas. O estatuto da igualdade racial tirou um dos principais avanços que seria, a política de cotas nas universidades públicas brasileiras.

O professor Paulo destacou alguns aspectos sobre raça para debater cotas e relações raciais. Apresentando dois grandes argumentos na tradição brasileira quando se discute raça. O primeiro argumento é de extração biológica/genética, que diz que não há separação de raças. A raça é única, isto é, raça humana. Este fato traz implicações políticas importantes porque entender raça a partir desta perspectiva, vai dizer, que não podemos diferenciar os indivíduos a partir da raça, sendo assim, não podemos defender políticas de Ações Afirmativas. Esta é uma tradição, é a tradição biológica/genética que tende a naturalizar alguns fenômenos fora do campo biologia/genética.
A segunda tradição existente no Brasil que discute raça é a tradição/antropológica, esta tradição vai dizer que não há efetivamente distinção entre indivíduos, entretanto, socialmente existem determinados marcadores sociais que fazem mais ou menos diferença, que marcadores são esses? Marcadores de raça, etnia, gênero, geração, sexualidade não produtiva, migrantes. Indivíduos portadores dessas marcas sociais ocupam um determinado local nesta sociedade, que é o da invisibilidade, desrespeito, desigualdade.

O conexista Amerino Martins exemplificou duas políticas de ações afirmativas vividas da UFMT, a primeira tratava da permanência de vinte e três estudantes negros/as pobres na universidade (Projeto Política de Cor - NEPRE), essa experiência que perdurou do ano de 2002 a 2004. A segunda política afirmativa trata do acesso e permanência dirigida aos/as estudantes indígenas (Programa de Inclusão indígena – PROIND), que no primeiro ano (2007) possibilitou o ingresso de três estudantes indígenas no Curso de Enfermagem e três no Curso de Medicina (campus Cuiabá). Já estamos no quinto processo seletivo de indígenas para vagas suplementares.
Fez ainda, um relato sobre o Programa Conexões de Saberes, que tratava de um projeto elaborado em 2003 pelo Observatório de Favelas, tido pelo MEC como referência na criação do Programa Conexões de Saberes no ano de 2004. Presente na Universidade Federal de Mato Grosso desde o ano de 2006, é vinculado à Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência e tem como o principal objetivo a defesa intransigente de Políticas de Acesso e Permanência qualificada dos/as estudantes de origem popular.
Projetos Jardins

É um projeto de Educação Ambiental que está sendo desenvolvido no Bairro Jardim Renascer-Cuiabá/MT.
Teve início no dia 24 de outubro de 2009 com plantio de 10 jardins nas residências das meninas do Projeto Siminina. O Projeto tem parceria com o Projeto Siminina e a Fundação AlphaVille.
O objetivo do projeto é promover a Educação Ambiental através do plantio dos Jardins e assim sensibilizar as simininas quanto à preservação do ambiente em sua volta.
A equipe de Conexistas que compõe o projeto: Camila Benedita (Biologia) , Edina Nunes (Geografia), Sueli Rodrigues (Pedagogia), Wilson dos Santos (Geografia).

TEATRO COMUNITÁRIO
O projeto de Teatro Comunitário vem sendo desenvolvido com adolescentes de comunidades populares, sendo que as oficinas acontecem uma vez por semana.
É um espaço para a fala e para ser ouvido. Desta forma, o pensar e o imaginar são permitidos. É um grupo e como grupo convive com acordos e com respeito mútuo. O projeto do teatro comunitário, busca contato com os adolescentes de comunidades populares e tem como propósito trabalhar com as oficinas do teatro afim de promover o pensamento crítico e a construção da autonomia.
O objetivo do projeto é estimular a criatividade, promover a troca de conhecimentos entre os/as conexistas e a comunidade, proporcionando um ambiente para o exercício de liderança democrática, estimular o trabalho em equipe, contribuir para a melhora da expressão corporal, desenvolver temas nas peças teatrais que possibilitem o questionamento a respeito do cotidiano, estimular o protagonismo, possibilitar ao jovem um meio de comunicação com a sociedade.
Conexistas que fazem parte do projeto: Antonia Gilcicleide (Letras), Jefferson Romão (História), Lauren Cristina (Psicologia) e Nayara Gonçalves (Psicologia).

terça-feira, 14 de setembro de 2010

AGREGANDO PRÁTICAS PARA A MELHORIA DO MEIO AMBIENTE




No dia 16/07/10 iniciamos a 1ª composteira no bairro Jardim Renascer, em Cuiabá-MT. Na residência de uma moradora do bairro, no decorrer de aproximadamente 1 mês realizamos visitas pra verificar o andamento do processo de compostagem, orientando a família para alcançar o objetivo final, ou seja o adubo orgânico para ser utilizado nas plantas. Em 27 de agosto o grupo alcançou o primeiro resultado da compostagem, reforçando o nosso trabalho já iniciados em outras três residências e estamos procurando obter um número maior de famílias a praticar compostagem nessa comunidade.


















O que percebemos é que as famílias estão se sensibilizando quanto a diminuição do lixo produzido em casa, e assim contribuindo para a melhoria do meio ambiente, podemos verificar isto a partir dos relatos dos moradores. “diminuiu o lixo e a moscaiada, o lixeiro quase não passa no bairro” . Diz a moradora beneficiada com a primeira composteira.


EQUIPE EXECULTORA: CAMILA, EDINA E WILSON.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ciclo de debates...

Ciclo de Debates...
Abertura...


A abertura do Ciclo de Debates contou com as presenças do Pró-Reitor de Cultura, Extensão e Vivência, Fabrício de Carvalho, da Coordenadora de Assuntos Acadêmicos professora Sumaya Persona e da Coordenadora Pedagógica do programa Conexões de Saberes, professora Cássia Fabiana.
A professora Cássia, destacou a importância de eventos que propiciem o debate voltado para a diversidade nas universidades.
Já a professora Sumaya, ressaltou a que existe outros projetos que debatem a temática na UFMT.
Em clima de descontração, o Pró-reitor Fabrício de Carvalho deu as boas vindas e ressaltou a importância da discussão a respeito da diversidade sócio-racial para o avanço do debate sobre as politicas de ações afirmativas.

Ciclo de Debates...
Primeiro Dia...


A Professora Cândida Soares da Costa (Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Relações Raciais e Educação -NEPRE/UFMT) abriu o ciclo de debates com a palestra “Diversidade e desigualdade racial na escola: Relações entre brancos e negros na sociedade e na educação brasileira”. Abordou como foi a construção do racismo no Brasil e no mundo, expôs alguns fatores que foram marcantes no Brasil: Independência, Abolição e Proclamação da República: o negro tratado como problema social.
E frisou que o conceito de raça foi criado para justificar a dominação econômica, social, cultural e etc.
E dando seqüência ao debate, tivemos também a palestra “A percepção da Discriminação Racial pelas lentes de Famílias Negras e brancas em Cuiabá - MT” ministrada pela Professora Márcia Gomes onde apresentou o resultado da pesquisa feita sobre as relações raciais em ambiente escolar do ensino fundamental em duas escolas municípais com enfoque no entendimento das famílias negras e brancas acerca das discriminações raciais que permeiam este espaço.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Teatro Comunitário 02/08

Hoje tivemos a chegada de uma nova monitora para o grupo a conexista Antônia.
A oficina teve a participação de 4 adolescentes e começou com a Nayara ensinando técnicas de expressão corporal, muitos alongamento para faciltar o conhecimento do corpo. Os alongamentos inicialmente foram leves como "conheço meu pé" depois partimos para níveis maiores como o "corpo neutro", onde tentamos conhecer ou tentar movimentar/trabalhar o corpo de uma forma que normalmente não usamos.
Depois começamos a pesquisar na internet "Cyber bulling" buscando temas para a construção de um roteiro, por fim relatamos o nosso dia...

CineConectando

Olá a tod@s!!!

Para aqueles que conhecem e para os que desconhecem vai a dica: O CineConectando realizado nas tardes de 3ªfeira, deveria ter apresentado hoje 31/08 o filme "Elo Perdido", mas em virtude da cópia não estar em perfeito estado (travando) e a disponibilidade de outros filmes ser reduzida, assistimos então "Cidades das Crianças".

Numa vila da França, as crianças afrontam pais e professores e brigam entre si. Os adultos resolvem lhes dar uma lição e desaparecem, da noite para o dia. Sem autoridade à vista, o grupo se divide entre Oscar e Marianne. O menino, filho de um pai truculento, chefia os desordeiros que destroem, pegam o que querem e batem nos mais fracos. Marianne cuida dos menores e organiza as crianças por tarefas. Enquanto os pais não retornam, os filhos repetem os exemplos que receberam. Um ato mais sério de violência faz todos refletirem. O filme diverte e pode ser uma distração para os pequenos.

Estavam presente na sessão: Amerino, Antônia, Adélia (conexista), Rejane e Sueli.

Aproveitando o email e o blog, aqueles que tiverem algum filme "interessante" (crítico e/ou reflexivo) independente do genêro traga nas reuniões para colocarmos em votação.
Abraços,

Rejane Barros
"Utopia da Modernidade"

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Breve análise do Filme : "Um sonho possível"

Na tarde de ontem, o cine conexões exibiu mais um filme campeão de audiência, se trata de uma produção hollywoodiana, com direção e roteiro Jonh Lee Hancock, com uma atuação impecável da atriz Sandra Bullock, que na humilde opinião deste cara que aqui escreve, foi a melhor de sua já extensa carreira.
O Filme se chama : "Um sonho possível", baseado no livro The Blind Side : Evolução do Jogo, Michael Lewis Oher, interpretado por Quintin Aaron, que conta a sua extraordinária trajetória, de um menino negro sem-teto a um dos astros da Liga norte-americana de Futebol Americano.
A atriz Sandra Bullock interpreta Leigh Anne Tuohy, uma bem sucedida designer, casada com também Sean Tuohy dono de umas das maiores redes de restaurantes do Sul do EUA, portanto pertencentes da classe alta, que ao ver Big Michael como os outros costumam chama-lo, andando pelas ruas em um noite fria e trajando apenas uma camisa e bermuda, resolvem levar o jovem rapaz para a sua casa, o que começa como uma simples hospedagem de uma noite, passa para algo muito maior, Leigh Anne acaba por convencer o marido e os seus filhos (família branca) que o rapaz precisa ser adotado, não tento resistência alguma, Michael é facilmente aceito, porém neste novo ambiente que vive passa por inúmeros preconceitos e as dificuldades da escola.
Por ter um biotipo bom para a pratica do futebol americano (o personagem é enorme e forte, possui quase 2 metros de altura) o garoto é naturalmente encaminhado para o esporte, começa no time da tradicional escola onde conseguiu entrar, com a ajuda do pai de seu amigo (onde estava ficando em sua casa, pois sua mãe era viciada em drogas e seu pai havia sumido e depois suicidado), que convenceu o técnico do time que o ele tinha talento para os esportes e precisava estudar, daí tem o desenrolar de toda a história do filme.
O que quero colocar para a reflexão, se é que o esporte pode ser usado como ferramenta de ascensão social, principalmente para as pessoas carentes ? Vimos que esporte sempre foi um bom lugar para se dar destaque ao negro, principalmente nos esportes coletivos (futebol, basquete) e individual ( atletismo), logicamente tudo televisionado, porém em outros setores da própria mídia, ciências e artes etc. ainda hoje vemos uma enorme dificuldade de ver o negro inserido e ocupando um papel de destaque.
Vimos no filme que a questão da fome e da pobreza, foi tratada com muita leveza, diria até lírico, ora pendendo para os momentos sérios, ora com tiradas cômicas, sendo que o ultimo bloqueou o primeiro, e causando um conforto para os telespectadores, típico do gênero Feel Good .
Outro ponto que vale ser ressaltado é a pratica da "Bondade Cristã", caindo ao reducionismo da sociedade contemporânea, nos levando a crer, que só basta as pessoas fazerem a sua parte e tudo será resolvido, o que é uma boa, entretanto sabemos que filantropia burguesa não resolve o problema, o buraco e bem mais embaixo, tento isso, o filme nos faz sair do cinema com a consciência limpa e com o espírito de "só preciso fazer o bem", e como diria o nosso Tom Zé : "Faça as suas orações uma vez por dia/ e depois mande a sua consciência junto com os lençóis pra a lavanderia".

Ray Souza



quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Declaração de raça ...

Declaro para os devidos fins que sou negra, conhecida por alcunha de mulata, termo dado a mistura da raça Negra com a raça Branca, derivado da palavra mula, forma como se tratavam os negros durante a escravidão e como muitos ainda são e se permitem ser tratados.
Declaro também que pelo fato de minha pele ser marrom, meus cabelos crespos cacheados, meus traços fugirem do padrão de beleza ditado pela sociedade, mídia e moda tenho plena autonomia para afirmar que o racismo ainda existe.
Diante de tal relato, afirmo também que esta declaração é prova que não me curvo diante do racismo, que não me julgo inferior, que assumo cada traço do meu rosto e da minha história.
Nos últimos anos, ser racista foi reconhecido como um defeito, se assumir racista é ter complicações com a justiça, que o considerou crime inafiançável, expor um negro a qualquer situação discriminatória é constrangimento infalível e recriminado de qualquer ciclo social, criou-se cotas para negros nas universidades, nos anúncios de emprego disfarçaram a discriminação racial com as palavras boa aparência, tais precauções só vem reforçar que o racismo é muito freqüente, e que os negros precisam da lei para protege-los de ofensas, precisam de cotas para vencer a concorrência desleal e classista nos vestibulares, precisam de escova progressiva para entrarem no quesito boa aparência.
O racismo era notório e designava-se adiante mórbidos ataques de rejeição, incompreensão e exclusão, hoje ele é faceiro, os negros podem entrar nos restaurantes chiques, mas não tem meios de pagar a conta, podem se hospedar em hotéis cinco estrelas, mas não dispõem de verbas para as diárias; podem estudar em boas escolas, mas não tem como pagar as mensalidades; podem aparecer na mídia, mas não podem ser o galã ou a mocinha da novela das nove. Até o conceito de autodiscriminação é racista, a grande massa considera chapinha e plástica no nariz embelezamento, porém diz ser o cúmulo do auto-racismo a paixão inter-racial, como se fosse possível escolher por quem se apaixonar.
O que dita a abominável condição de mais de 70% dos negros na sociedade é a não oportunidade, sem educação de qualidade, caríssima diga-se de passagem, o negro não tem condições financeiras para chegar a altos patamares e cargos, saímos das senzalas e fomos às favelas, precisamos “matar um boi por dia” para sobreviver e vencer a guerra contra o preconceito, que vem de berço, ou melhor, da falta dele.
Não costumo me curvar a estatísticas, pois as mesmas são desanimadoras; A exacerbada maioria, de alunos nas escolas públicas, é de negros, nos empregos assalariados, é de negros, nos bairros de periferia, é de negros, e isto não é demonstração de inferioridade intelectual, pois somos tão inteligentes e capazes quanto pessoas de qualquer raça.
Por fim, declaro que não aceito comentários mórbidos disfarçados pelo preconceito atual de “elogios”, como: “você é menos escura que tal pessoa”, “seu cabelo é melhor do que o de fulano”, “seus traços são mais finos do que o de cicrano”; Pois não defino sequer como elogio qualquer palavra e/ou atitude que menospreze e diminua a minha raça.
Este é o racismo contemporâneo, doença que vem se alastrando pela sociedade, e que todos os cidadãos munidos de conhecimento, dignidade e respeito deveriam combater independente da raça e da cor da pele.
Tiara Sousa,São Luís - MA - por correio eletrônicoEndereço eletrônico: tiarasousa@ig.com.br

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CARTA DE BH

PARA FAZER CONEXÕES - 2010

17 instituições de educação superior (UFMA, UFRRJ, UFSCAR, UFRGS, UNIFEI, UFPE, UFRPE, UFMG, UFES, UFRB, UFRN, UFMT, UNIVASF, UNIRIO, UFAL, UFPI, UFT), através de Pró-reitores, Professores, Servidores Técnico-administrativos, Estudantes, Integrantes do FEOP, Membros do Programa Conexões de Saberes – PCS (SECAD/FNDE/MEC), reunidos nos dias 11 e 12 de agosto de 2010, durante o I Seminário Para Fazer Conexões, reunidos na FAFICH/UFMG/BH, dá continuidade ao movimento "Para Fazer Conexões", com o intuito de defender a institucionalização das políticas públicas, relativas à permanência qualificada e as ações afirmativas nas Instituições de Ensino Superior (IES) consideramos que

A política de ações afirmativas necessariamente precisa ser transformada em uma política pública nacional e reconhecemos as ações de governo nesta direção.
O Programa Conexões de Saberes, como instrumento de implantação de uma política afirmativa, não alcançou, até este momento, a institucionalização nacional desejada, mesmo tendo chegado a ser implantado em 38 Universidades Federais, com representação de todos os estados da Federação. Esta implantação se deu inicialmente por convite às universidades, posteriormente por editais com termo de referência discutido coletivamente com as universidades já participantes do programa. O programa Conexões permite ao aluno de origem popular fortalecer a sua identidade universitária em diálogo com a sua identidade de origem popular, fortalece a implantação das ações afirmativas nas IFEs, articula-se com outras iniciativas do governo federal para implantação das ações afirmativas.
· Através do Edital No. 9 PET 2010 MEC/SESU/SECAD, o Programa de Educação Tutorial (SESu/MEC) avança ao se alinhar com as políticas de inclusão dos grupos tradicionalmente invisibilizados (quilombolas/campo, indígenas e estudantes oriundos das comunidades populares urbanas), fortalecendo a busca pela democratização da educação publica brasileira, através da institucionalização de políticas em favor da diversidade nas universidades brasileira;
· Devem ser reconhecidos os esforços do MEC na ampliação do acesso e permanência nas IES de um número maior de estudantes ao adotar ações que possibilitam a expansão das instituições federias (REUNI/IFs), do acesso (ENEM/PROUNI) e das verbas destinadas aos assuntos estudantis (PNAES/FIES);
· A luta por uma educação superior de qualidade e excelência deve superar a tradicional meritocracia, baseada exclusivamente nas notas/conceitos, ao se alinhar plenamente com as políticas de ações afirmativas e sempre levar em consideração aspectos, mais democráticos, que valorizem os diferentes saberes e as trajetórias existenciais, sociais, culturais e estudantis que trazem os sujeitos detentores de direitos;
· Para a necessária democratização do ensino superior público, uma política significativa de ações afirmativas precisa efetivamente articular a extensão, de maneira qualificada à pesquisa e ao ensino, superando as estratégias pautadas na fragmentação, na segregação dos grupos minoritários de acesso aos direitos, que acabam por reproduzir a contradição social nas diferentes IES, aproximando a universidade dos territórios populares, fortalecendo seus sujeitos, suas instituições e movimentos sociais;
· Centralizado no estudante e no seu território de origem, o fortalecimento da permanência efetiva do estudante de origem popular nas IES, superando a assistência de natureza exclusivamente financeira, nasce na extensão para construir na academia um ambiente intelectual receptivo aos saberes populares, através da pesquisa-ação, na interlocução permanente nas periferias, favelas, escolas públicas e movimentos sociais, espaços produtores de conhecimentos e de práticas sociais e educacionais, e incorporam a diversidade e a diferença (social, racial, econômica e territorial) como aspectos centrais na construção de uma universidade mais plural;
· Fortalecido pela a legitimidade crescente, angariada junto aos movimentos sociais, na parceria institucional, como o Programa Escola Aberta, junto aos estudantes de origem popular, o Programa de Extensão Conexões de Saberes (SECAD/FNDE/MEC), originalmente nascido em 2003 da experiência pioneira do “Observatório de Favelas do Rio de Janeiro”, cujo referencial teórico-metodológico, encontra-se substanciado em Termo de Referencia, construído nacionalmente (2007), objetiva enfrentar o desenraizamento social e cultural motivado e/ou reforçado a partir da experiência universitária, ao fortalecer os vínculos identitários do estudante de origem popular com seu território de origem, promovendo a implantação das ações afirmativas nas IFES e a educação das relações étnico-raciais;
· A necessária consolidação de políticas institucionais de ações afirmativas, voltadas para o acesso e permanência de universitários, em situações de vulnerabilidade social, tem na institucionalização do Programa Conexões de Saberes uma opção pública estratégica, pois em sua busca por contemplar a diversidade étnica e cultural da sociedade brasileira, reconhece e valoriza as trajetórias escolares, culturais e existenciais de estudantes oriundos de escola pública, assim como, negros, índios, quilombolas e outras minorias e para isso é fundamental a garantia de sua manutenção, através de recursos orçamentários para 2010/2011;

O lançamento do Edital Nº. 9 PET 2010 MEC/SESU/SECAD, somado as demais políticas para ampliação do acesso nas IES, da permanência qualificada na escola básica, localizada em territórios de vulnerabilidade social e educacional e a ampliação da rede federal de ensino superior com a inclusão dos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia (IFET), aumenta a necessidade de fortalecermos as ações, que concorram sinergicamente para qualificação da permanência dos universitários oriundos de grupos minoritários e invisibilizados, através da interlocução permanente da universidade com os territórios populares, com suas instituições e movimentos sociais, nos faz entender que

· Apesar de apresentar conceitos do Programa Conexões Saberes e do potencial indutor das ações afirmativas nas IFES, o Edital PET/Conexões não se configura como um mecanismo de institucionalização do PCS, pois entre vários aspectos, podemos destacar que o citado edital não explicita como se dará o fortalecimento dos vínculos identitários do estudante de origem popular com seu território de origem, não aponta para o estabelecimento de atuais parcerias institucionais como o Programa Escola Aberta (ou Mais Educação) e também não expõe como será fortalecido o processo de participação dos universitários de origem popular nos seus fóruns de articulação local e nacional;
· Os novos grupos PET/Conexões de Saberes nas diferentes IES, preferencialmente (ou prioritariamente) devem se articular junto aos atuais Programas Conexões de Saberes nas IFES, com vistas a atuarem sinergicamente para a qualificação da permanência dos universitários de origem popular, em prol de uma formação cientificamente competente e socialmente responsável, ressaltando a perspectiva de continuidade da trajetória acadêmica em cursos de pós-graduação;

Diante do exposto solicitamos que o MEC garanta para 2010/2011, através de um edital próprio do Programa Conexões de Saberes para 2010/2011, que siga os princípios, com base nos termos de referência do próprio Programa, discutidos nacionalmente, como instrumento de promoção e execução das ações afirmativas, que garantem a permanência qualificada do estudante de origem popular, pautada no diálogo entre a universidade e comunidades, sendo um efetivo instrumento de transformação social, que permite fortalecer tanto o protagonismo do estudante de origem popular, assim como a melhoria da qualidade da formação de graduação, e ainda os diversos programas de extensão das instituições.

Belo Horizonte, 12 de agosto de 2010.

Assinam a carta: UFMA, UFRRJ, UFSCAR, UFRGS, UNIFEI, UFPE, UFRPE, UFMG, UFES, UFRB, UFRN, UFMT, UNIVASF, UNIRIO, UFAL, UFPI, UFT, Pró-reitores, Professores, Servidores Técnico-administrativos, Estudantes, Integrantes do FEOP e Membros do Programa Conexões de Saberes.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Na terça-feira do dia 10/08, houve a exibição da película: O Menino do Pijama Listrado baseado no Livro de David Boyne, a história retrata a vida de um jovem garoto de 8 anos,chamado bruno, que vive na Alemanha em plena segunda guerra mundial com a sua família, sendo o seu pai um oficial do exército nazista, que acaba ganhando uma promoção, tendo que partir com a sua família da confortável casa em Berlim, para morar em uma área um tanto quanto desolada, assim, exercendo as novas atribuições que lhe foram concedidas.
O menino Bruno que antes tinha muitos amigos, agora se vê sozinho e sem muita coisa para fazer,muito entediado e movido pela curiosidade, ignora as insistentes recomendações da mãe a não explorar o jardim dos fundos e segue para fazenda que ele viu a certa distância. Lá ele encontra Shmuel, um menino da sua idade que vive uma existência paralela e diferente do outro lado da cerca de arame farpado, que na verdade se tratava de um campo de concentração para judeus, onde diáriamente ocorria mortes em massa.
O filme serviu para o reflexão sobre a inocência infantil acerca dos conflitos etnico-racial, que são promovidos pelos adultos, nesse caso todo repudio alemão que foi jogado sobre o judeu, e a construção negativa de sua imagem para o mundo ocidental, potencializado pelo discurso envolvente (neste caso para o desmoralizado e fragilizado povo alemão, em função da derrota na primeira guerra mundial) da mente cruel e perversa de Adolf Hitler.
Estavam presentes na sala do Conexões de saberes, @s conexist@s : Geferson, Cristiane, Jefferson, Daniela, Elvis, Adélia Nonata, Amerino e Ray.
Ray Souza

Ciclo de Debates




quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Oficina de Teatro 12/08







Na oficina de hoje, iniciamos com uma dinâmica de apresentação, para enturmar @s Nov@s participantes,fazendo-@s que cantassem os nomes e gesticulassem ao mesmo tempo.Trabalhamos com dinâmicas que envolviam a imaginação d@ adolescente, chamada " passeio de navio", que consistia em "viver" passo-a-passo de uma viagem a bordo de um navio, inclusive as tormentas e a chegada de volta a terra. A Canção IEPÔ, também foi feita, e ela traz uma cantiga com gestos específicos, que promove o contato entre tod@s @s jovens.Logo após um breve intervalo, realizamos a "Dinâmica do Improviso",e depois as "Expressões das Vogais"". Como haviam Nov@s integrantes, repassamos os acordos de boa convivência, e escolhemos as fotos que iriam para o blog do conexões. Iríamos propor uma pesquisa na internet, mas ocorreu um problema com a conexão e não podemos realizar a atividade.A oficina ocorreu de forma leve e proveitosa, sendo que todos participaram efetivamente dos exercícios propostos.
















































Atividades Teatro Comunitario 05/08

Nossas atividades tiveram inicio as 8:45, com todos os coordenadores/as presentes, começaram as dinâmicas de apresentação, que incluíam gestos e sons diversificados como um exercício para a memória.Em seguida, dinâmicas de interação foram apresentas como uma forma de “quebra-gelo”, que promovem o contato e a integração entre tod@s @s participantes, inclusive os coordenadores/as. Logo após um pequeno intervalo, distribuímos vários jornais para os participantes, para que recortassem figuras que lhe chamassem a atenção, para depois termos uma discussão sobre as escolhas das imagens. Surgiram dessa conversa temas interessantes, como a preservação ambiental, ou mesmo o que fazer com o dinheiro: quando se tem ou não!. De modo geral, a oficina ocorreu de forma muito satisfatória, fomentando novas discussões e descobertas.


















































terça-feira, 27 de julho de 2010

CineConectando..."Sonhos roubados"

Foi exibido na sala do C.S o filme brasileiro "sonhos roubados" da cineasta Sandra Wernek, o filme gira em torno de três adolescentes, moradoras de favelas cariocas, vitimas da desigualdade social existente no país. Jessica, Daiane e Sabrina vivem realidades bem parecidas.
Jessica é mãe solteira, cuida da filha e vive com o avô que tem uma pequena bicecletaria de consertos. Se prostitui junto com as amigas para comprar algumas coisas. Jessica começa a visitar um preso no presidio e recebe por isso. O presidiario se apaixona por ela e faz proposta para ambos mudarem de vida, entre uma história e outra, Jessica, quase perde a guarda da filha para a ex- sogra.
Sabrina conhece um assaltante e se apaixona por ele, engravida e para sustentar-se acaba nas ruas prostituindo. Daiane a mais nova, não tem mãe e o pai não a reconhece como filha, mora com uma tia é molestada sexualmente pelo tio (postiço). Nesse interím Daiane conhece uma cabelereira que começa a lhe dar conselhos, começa a formar horizontes na sua vida.
adolescentes que apesar de tudo a amizade entre elas persiste...


o longa foi assistido/debatido pel@s conexist@s Camila, Julho, Amerino, Eron e Jefferson

Temos que lutar por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”Rosa Luxemburgo

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Coordenadora por 1 dia...

Reunião do C.S.
Data:22/07/10

No primeiro momento da reunião conversamos sobre os informes da Reunião passada,bem como com a sugestão de novos informes.Uma das novas notícias foi a comemoração dos aniversariantes do primeiro semestre ,provavelmente no dia 19 de Agosto.
Um dos encaminhamentos da reunião foi uma possível proposta de atividades junto ao programa mais educação.
Houve discussões sobre o objetivo de alguns projetos se estes são compartilhados ao do Conexões. Depois que os conexistas apresentaram suas opiniões a coordenadora Mirian fez algumas colocações, sobre o assunto discutido. Na minha opinião essa discussão serviu para esclarecermos alguns objetivos do programa e para observarmos os diversos pontos de vista.
Também conversamos sobre a troca de fazeres em Rondonópolis,não esquecer de levar : Colchonete,toalha,etc.
Falamos também sobre o cine conectando,o próximo filme será: "Ninguém sabe o duro que dei", terça-feira 27/07 ás 15:00 na sala do programa.
Para finalizar a reunião com chave de ouro, ganhamos um presente embalado na música "cara valente" de Maria Rita na voz da aniversariante Nayara. Foi muito bom.
CAMILA BENEDITA DA SILVA(coordenadora por um dia)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

UFMT realiza colóquio sobre gênero, raça, classe e geração

[22 de JULHO de 2010]
Estão abertas, até o dia nove de julho, as inscrições para o Colóquio Gênero, Raça, Classe e Geração na pesquisa em educação – alguns desafios, que será realizado no período de nove a 11 de agosto, no auditório da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FAeCC), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Organizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (Nepre) da UFMT, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), o objetivo é apresentar resultados de pesquisas sobre os temas e discutir as possibilidades e os desafios que trazem para a pesquisa em educação.O evento contará com a participação de pesquisadores renomados.
No dia nove de agosto serão discutidas as Relações de Gênero e Raça em Pesquisa com as professoras Fúlvia Rosemberg, da Fundação Carlos Chagas (FCC/ SP) e Marília de Carvalho, da Universidade de São (USP). No dia 10 de agosto, o tema da mesa-redonda será Relações de Gênero, Classe em Pesquisa; e no dia 11 de agosto as discussões serão sobre Relações de Gênero e Geração em Pesquisa. As apresentações de trabalhos acontecerão no período vespertino.
Confira a programação:
Dia 9 de agosto 9h às 12h - Relações de Gênero, raça e idade na educação infantil brasileira, com Fúlvia Rosemberg (FCC – SP);
Relações de Gênero no Cotidiano Escolar, com Marília de Carvalho (USP)
14h às 17h - apresentação de trabalhos
Dia 10 de agosto9h às 12h - Origem Social, Socialização e Escolarização, com Léa Pinheiro Paixão (UFF); Trajetórias de Professoras e Relação Intragênero, com Maria Lúcia Rodrigues Muller (UFMT); 14h às 17h - apresentação de trabalhos
Dia 11 de agosto9h às 12h - Jovens de Espaços Populares: modos de vida e transições para a vida adulta, com Paulo Cesar Carrano (UFF); e 14h às 17h - Trajetórias de vidas de professoras – representações de envelhecimento, aposentadoria e morte, com Ana Rafaela Pecora (UFMT).
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3615 8447.
fonte: www.ufmt.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cine Conectando às terças-feiras 20/07

Foi exibido na sala do Conexões o filme Mandela - a luta pela liberdade, duração de 140 min, o filme não retrata a luta pela liberdade mas sim a história de um carcereiro que falava o dialeto Xhosa e por isso mantinha uma convivência com Nelson Mandela para espiona-lo. Mostra as mudanças ocorridas na questão da moradia para o carcereiro e carcere para Mandela. A caracterização das personagens (envelhecimento) é um dos pontos falhos. A personagem de Nelson não protagoniza o filme....
Conexistas que assistiram e debateram o filme: Lauren, Nayara, Elvis, Amerino, Sueli, Eron, Julho, Cristiane, Ray e Camila... foi muito bom...
ficha técnica:
título original:Goodbye Bafana
gênero:Drama
duração:02 hs 20 min
direção: Bille August
roteiro:Greg Latter, baseado em livro de Bob Graham e James Gregory
produção:Ilann Girard, Andro Steinborn, Jean-Luc Van Damme e David Wicht
música:Dario Marianelli
fotografia:Robert Fraisse desenho de produção:
direção de arte:Jonathan Hely-Hutchinson
figurino:Dianna Cilliers
edição:Hervé Schneid
Elenco Principal:
Joseph Fiennes (James Gregory)
Dennis Haysbert (Nelson Mandela)
Diane Kruger (Gloria Gregory)
Shiloh Henderson (Brett Gregory)
Patrick Lyster (Major Pieter Jordaan)
Faith Ndukwana (Winnie Mandela)
by Amerino Martins

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Projeto Jardins

Cuiabá, 16/10/2010






































































































































Enfrentando sensação térmica abaixo de 8° e garoa (chuva mesmo), o grupo visitou na comunidade do bairro Jardim Renascer, em Cuiabá, as residências das meninas que participam do projeto Jardins. no centro comunitário agraciamos as meninas que participam do projeto com lembranças (bichos de pelucia e cafeteira) em forma de incentivo e agradecimento por cuidarem dos Jardins,as crianças ficaram muito contentes.
Em seguida visitamos as residências que possuem os jardins, conversamos com as mães presentes onde as mesmas autorizaram fotografar os jardins.
Conquistamos mais uma mãe a fazer parte do projeto composteira e dar continuidade com o jardim onde havia sido abandonado.
Na residência da senhora Luzia, mãe da Leila, onde demos início ao projeto, sendo a 1ª composteira construída pelo aproveito de um espaço que a família da criança já dispunha. Através de dialogos, fomos passando para elas o passo-a-passo para a preparação do local e inicio da seleção do lixo orgânico para ser transformado em adubo. Que poderá ser utilizado nos jardins e vasos, onde Leila e a mãe quer cultivar rosas e hortaliças para o consumo da família.
O Grupo da visita era composto por: Camila, Sueli, Wilson, Edina e a presença de Amerino, que registrava tudo com seus clic fotográficos.
Camila/Amerino