Desigualdade racial e os Indicadores Sociais
Destacamos alguns dados apresentados pela professora Suely Dulce de Castilho, em sua palestra sobre a “Desigualdade racial e os indicadores sociais” no Brasil.
Há aumento da população negra segundo dados nacionais de 1995* a 2006, ainda demonstra que o peso relativo da população branca declinou enquanto a população negra (preta+parda) evoluiu em termos relativos, na população total de 45% para 49,5% sinalizando, que poderá se tornar a maioria nos próximos anos.
Em 2006 o Estado de Mato Grosso possuía uma população negra (preta+parda) de aproximadamente 62,8% segundo os dados do IBGE.
A mortalidade Infantil teve um declínio acentuado de 1995 a 2006, e uma das possíveis razões da evolução positiva dos indicadores seriam: Investimento em medicinas preventivas e curativas; expansão do sistema de saneamento básico; Acompanhamento da gravidez, parto e puerpério. Vale salientar a especial incidência destas medidas nas religiões Norte e Nordeste. Redução nos níveis de fecundidade, mas, os níveis de mortalidade ainda não são os desejáveis.
Em relação ao ensino superior, cabe ressaltar que houve ampliação de vagas nas Instituições de Ensino Superior, mas ainda o ingresso de negros é maior nas Instituições privadas. Ressaltou, ainda, que “a melhora dos negros é a melhora da sociedade”.
*em 1995 não inclui a população das áreas rurais da região norte – exceto Tocantins.
Destacamos alguns dados apresentados pela professora Suely Dulce de Castilho, em sua palestra sobre a “Desigualdade racial e os indicadores sociais” no Brasil.
Há aumento da população negra segundo dados nacionais de 1995* a 2006, ainda demonstra que o peso relativo da população branca declinou enquanto a população negra (preta+parda) evoluiu em termos relativos, na população total de 45% para 49,5% sinalizando, que poderá se tornar a maioria nos próximos anos.
Em 2006 o Estado de Mato Grosso possuía uma população negra (preta+parda) de aproximadamente 62,8% segundo os dados do IBGE.
A mortalidade Infantil teve um declínio acentuado de 1995 a 2006, e uma das possíveis razões da evolução positiva dos indicadores seriam: Investimento em medicinas preventivas e curativas; expansão do sistema de saneamento básico; Acompanhamento da gravidez, parto e puerpério. Vale salientar a especial incidência destas medidas nas religiões Norte e Nordeste. Redução nos níveis de fecundidade, mas, os níveis de mortalidade ainda não são os desejáveis.
Em relação ao ensino superior, cabe ressaltar que houve ampliação de vagas nas Instituições de Ensino Superior, mas ainda o ingresso de negros é maior nas Instituições privadas. Ressaltou, ainda, que “a melhora dos negros é a melhora da sociedade”.
*em 1995 não inclui a população das áreas rurais da região norte – exceto Tocantins.
Desigualdade racial na universidade
Segundo Pedro Reis de Oliveira, representante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CEPIR-MT) fez uma síntese do Movimento Negro em Mato Grosso, que teve seu marco em 1985, fez uma retrospectiva das leis que beneficiam a população negra de Mato Grosso, citou que em Mato Grosso saímos na frente, em 2002 foi aprovada a lei 7.775, similar a lei 10.639/03. Quando se trata do Movimento Negro, Mato Grosso é um dos expoentes na luta pela igualdade racial.
A população negra não tem sido alvo das políticas públicas, precisamos ter acesso às políticas públicas. O estatuto da igualdade racial tirou um dos principais avanços que seria, a política de cotas nas universidades públicas brasileiras.
O professor Paulo destacou alguns aspectos sobre raça para debater cotas e relações raciais. Apresentando dois grandes argumentos na tradição brasileira quando se discute raça. O primeiro argumento é de extração biológica/genética, que diz que não há separação de raças. A raça é única, isto é, raça humana. Este fato traz implicações políticas importantes porque entender raça a partir desta perspectiva, vai dizer, que não podemos diferenciar os indivíduos a partir da raça, sendo assim, não podemos defender políticas de Ações Afirmativas. Esta é uma tradição, é a tradição biológica/genética que tende a naturalizar alguns fenômenos fora do campo biologia/genética.
A segunda tradição existente no Brasil que discute raça é a tradição/antropológica, esta tradição vai dizer que não há efetivamente distinção entre indivíduos, entretanto, socialmente existem determinados marcadores sociais que fazem mais ou menos diferença, que marcadores são esses? Marcadores de raça, etnia, gênero, geração, sexualidade não produtiva, migrantes. Indivíduos portadores dessas marcas sociais ocupam um determinado local nesta sociedade, que é o da invisibilidade, desrespeito, desigualdade.
O conexista Amerino Martins exemplificou duas políticas de ações afirmativas vividas da UFMT, a primeira tratava da permanência de vinte e três estudantes negros/as pobres na universidade (Projeto Política de Cor - NEPRE), essa experiência que perdurou do ano de 2002 a 2004. A segunda política afirmativa trata do acesso e permanência dirigida aos/as estudantes indígenas (Programa de Inclusão indígena – PROIND), que no primeiro ano (2007) possibilitou o ingresso de três estudantes indígenas no Curso de Enfermagem e três no Curso de Medicina (campus Cuiabá). Já estamos no quinto processo seletivo de indígenas para vagas suplementares.
Fez ainda, um relato sobre o Programa Conexões de Saberes, que tratava de um projeto elaborado em 2003 pelo Observatório de Favelas, tido pelo MEC como referência na criação do Programa Conexões de Saberes no ano de 2004. Presente na Universidade Federal de Mato Grosso desde o ano de 2006, é vinculado à Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência e tem como o principal objetivo a defesa intransigente de Políticas de Acesso e Permanência qualificada dos/as estudantes de origem popular.
Segundo Pedro Reis de Oliveira, representante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CEPIR-MT) fez uma síntese do Movimento Negro em Mato Grosso, que teve seu marco em 1985, fez uma retrospectiva das leis que beneficiam a população negra de Mato Grosso, citou que em Mato Grosso saímos na frente, em 2002 foi aprovada a lei 7.775, similar a lei 10.639/03. Quando se trata do Movimento Negro, Mato Grosso é um dos expoentes na luta pela igualdade racial.
A população negra não tem sido alvo das políticas públicas, precisamos ter acesso às políticas públicas. O estatuto da igualdade racial tirou um dos principais avanços que seria, a política de cotas nas universidades públicas brasileiras.
O professor Paulo destacou alguns aspectos sobre raça para debater cotas e relações raciais. Apresentando dois grandes argumentos na tradição brasileira quando se discute raça. O primeiro argumento é de extração biológica/genética, que diz que não há separação de raças. A raça é única, isto é, raça humana. Este fato traz implicações políticas importantes porque entender raça a partir desta perspectiva, vai dizer, que não podemos diferenciar os indivíduos a partir da raça, sendo assim, não podemos defender políticas de Ações Afirmativas. Esta é uma tradição, é a tradição biológica/genética que tende a naturalizar alguns fenômenos fora do campo biologia/genética.
A segunda tradição existente no Brasil que discute raça é a tradição/antropológica, esta tradição vai dizer que não há efetivamente distinção entre indivíduos, entretanto, socialmente existem determinados marcadores sociais que fazem mais ou menos diferença, que marcadores são esses? Marcadores de raça, etnia, gênero, geração, sexualidade não produtiva, migrantes. Indivíduos portadores dessas marcas sociais ocupam um determinado local nesta sociedade, que é o da invisibilidade, desrespeito, desigualdade.
O conexista Amerino Martins exemplificou duas políticas de ações afirmativas vividas da UFMT, a primeira tratava da permanência de vinte e três estudantes negros/as pobres na universidade (Projeto Política de Cor - NEPRE), essa experiência que perdurou do ano de 2002 a 2004. A segunda política afirmativa trata do acesso e permanência dirigida aos/as estudantes indígenas (Programa de Inclusão indígena – PROIND), que no primeiro ano (2007) possibilitou o ingresso de três estudantes indígenas no Curso de Enfermagem e três no Curso de Medicina (campus Cuiabá). Já estamos no quinto processo seletivo de indígenas para vagas suplementares.
Fez ainda, um relato sobre o Programa Conexões de Saberes, que tratava de um projeto elaborado em 2003 pelo Observatório de Favelas, tido pelo MEC como referência na criação do Programa Conexões de Saberes no ano de 2004. Presente na Universidade Federal de Mato Grosso desde o ano de 2006, é vinculado à Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência e tem como o principal objetivo a defesa intransigente de Políticas de Acesso e Permanência qualificada dos/as estudantes de origem popular.
Projetos Jardins
É um projeto de Educação Ambiental que está sendo desenvolvido no Bairro Jardim Renascer-Cuiabá/MT.
Teve início no dia 24 de outubro de 2009 com plantio de 10 jardins nas residências das meninas do Projeto Siminina. O Projeto tem parceria com o Projeto Siminina e a Fundação AlphaVille.
O objetivo do projeto é promover a Educação Ambiental através do plantio dos Jardins e assim sensibilizar as simininas quanto à preservação do ambiente em sua volta.
A equipe de Conexistas que compõe o projeto: Camila Benedita (Biologia) , Edina Nunes (Geografia), Sueli Rodrigues (Pedagogia), Wilson dos Santos (Geografia).
TEATRO COMUNITÁRIO
O projeto de Teatro Comunitário vem sendo desenvolvido com adolescentes de comunidades populares, sendo que as oficinas acontecem uma vez por semana.
É um espaço para a fala e para ser ouvido. Desta forma, o pensar e o imaginar são permitidos. É um grupo e como grupo convive com acordos e com respeito mútuo. O projeto do teatro comunitário, busca contato com os adolescentes de comunidades populares e tem como propósito trabalhar com as oficinas do teatro afim de promover o pensamento crítico e a construção da autonomia.
O objetivo do projeto é estimular a criatividade, promover a troca de conhecimentos entre os/as conexistas e a comunidade, proporcionando um ambiente para o exercício de liderança democrática, estimular o trabalho em equipe, contribuir para a melhora da expressão corporal, desenvolver temas nas peças teatrais que possibilitem o questionamento a respeito do cotidiano, estimular o protagonismo, possibilitar ao jovem um meio de comunicação com a sociedade.
Conexistas que fazem parte do projeto: Antonia Gilcicleide (Letras), Jefferson Romão (História), Lauren Cristina (Psicologia) e Nayara Gonçalves (Psicologia).
É um projeto de Educação Ambiental que está sendo desenvolvido no Bairro Jardim Renascer-Cuiabá/MT.
Teve início no dia 24 de outubro de 2009 com plantio de 10 jardins nas residências das meninas do Projeto Siminina. O Projeto tem parceria com o Projeto Siminina e a Fundação AlphaVille.
O objetivo do projeto é promover a Educação Ambiental através do plantio dos Jardins e assim sensibilizar as simininas quanto à preservação do ambiente em sua volta.
A equipe de Conexistas que compõe o projeto: Camila Benedita (Biologia) , Edina Nunes (Geografia), Sueli Rodrigues (Pedagogia), Wilson dos Santos (Geografia).
TEATRO COMUNITÁRIO
O projeto de Teatro Comunitário vem sendo desenvolvido com adolescentes de comunidades populares, sendo que as oficinas acontecem uma vez por semana.
É um espaço para a fala e para ser ouvido. Desta forma, o pensar e o imaginar são permitidos. É um grupo e como grupo convive com acordos e com respeito mútuo. O projeto do teatro comunitário, busca contato com os adolescentes de comunidades populares e tem como propósito trabalhar com as oficinas do teatro afim de promover o pensamento crítico e a construção da autonomia.
O objetivo do projeto é estimular a criatividade, promover a troca de conhecimentos entre os/as conexistas e a comunidade, proporcionando um ambiente para o exercício de liderança democrática, estimular o trabalho em equipe, contribuir para a melhora da expressão corporal, desenvolver temas nas peças teatrais que possibilitem o questionamento a respeito do cotidiano, estimular o protagonismo, possibilitar ao jovem um meio de comunicação com a sociedade.
Conexistas que fazem parte do projeto: Antonia Gilcicleide (Letras), Jefferson Romão (História), Lauren Cristina (Psicologia) e Nayara Gonçalves (Psicologia).